Category Archives: Dessert

Brownie de chocolate com coulis de morango | Chocolate brownie with strawberry coulis

O amor nunca vem tarde. Na verdade, está sempre presente. Longe ou perto, dia ou noite, a luz não se apaga, o caminho continua iluminado mas tu continuas na rota da dúvida, moendo a alma com fantasias, alimentando o coração, a vapor, com sonhos e respirando memórias abafadas. Acreditas que o tempo vai abraçar sempre esta distância e não deixar que ocorram fugas de sentimentos, porque tudo o que é forte prevalece independemente das ocasiões. Não importa quão árdua será a demora mas, embora sem saber quando te vá bater na porta para cruzar a linha da meta tão desejada e longínqua, esperar por ti tem um gosto especial. Até lá, vou continuar a nomear-te na minha lista de desejos e a ouvir os ecos da tua doce e sábia voz.

Um pouco atrasado, lancei-me na prática de um desejo com o teu nome adjacente e devo dizer que, para além de ter o sabor fundido do teu imaginário prazer, tem o aroma de um amor puro. Foi tão simples de o concretizar como imaginar o teu beijo com gosto a…

Brownie de chocolate com coulis de morango

  • 500 mL de leite de sojaDSCN0903
  • 100 mL de néctar de agave
  • 200 g de chocolate preto
  • 200 g de farinha de trigo
  • 50 g de amêndoa em pó
  • 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
  • 250 g de morangos
  • 50 g de açúcar
  • sumo de 1/2 limão

 

 

Misture o nectar de agave com o leite de soja. Noutro recipiente, misture os ingredientes secos e adicione-os à mistura líquida. Por fim, derreta o chocolate em banho maria e adicione. Mexa bem até obter uma massa homogénea.

Leve a massa a cozer durante 20 min, a 180ºC, numa forma retangular forrada com papel vegetal.

Enquanto isso, prepare o coulis. Lave bem os morangos e corte em pequenos pedaços. Coloque-os num tacho, juntamente com o açúcar e deixe cozer em lume brando, até começar a perder a forma. Nesse momento, adicione o sumo de limão e deixe cozer mais 5 min, até não haver pedaços visivéis. Retire do lume e passe com a varinha mágica até obter uma polpa. Coloque de lado a arrefecer.

Uma vez que o brownie esteja cozido, pode servir quente, morno ou frio, acompanhado pelo coulis de morango fresco.

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Espera, até podes deixar arrefecer… Mas não há-de ser em vão.

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Panquecas “oreo” | “Oreo” pancakes

Em dias negros, a luz interior tem de ser mais forte para iluminar o caminho e quem nos rodeia. Tentar transmitir essa luz e essa vontade de ligar interrutores num país que não o teu, onde os costumes, tradições, horários e interações são diferentes não é tão fácil quanto isso. Suceder nesse ponto são pontos a dobrar. E por aqui as parcelas vão aumentando, a soma dos objetivos começa a crescer e a luz transparece mais facilmente.

Em dias negros, quando a felicidade espreita, cria um contraste introspetivo difícil de balançar. Contudo, merece uma vénia, merece… Um doce bem balançado.

Panquecas “oreo”

  • 1 chávena de leite de sojaDSCN0604
  • 1 chávena de farinha de trigo
  • 1 colher de sopa de fermento em pó
  • 1/2 chávena de cacau
  • 4 colheres de sopa de nectar de agave
  • 2 colheres de sopa de óleo de girassol
  • pitada de sal
  • 1 chávena de côco ralado
  • 150 mL de leite de côco
  • 2 colheres de sopa de nectar de agave
  • 1 colher de chá de aroma de baunilha

Para preparar a massa das panquecas, junte os ingredientes secos num recipiente e os ingredientes líquidos noutro. Misture bem ambas as preparações. Verta o conteúdo seco no recipiente dos líquidos. Mexa bem até a massa ficar homogénea.

Aqueça uma frigideira antiaderente em lume brando e pincele com óleo. Adicione uma concha do preparado e deixe cozinhar. Quando começar a formar bolhas, vire a panqueca com a ajuda de uma espátula e deixe cozinhar um pouco. Repita o processo até esgotar a massa.

Enquanto as panquecas arrefecem, prepare o creme. Coloque o côco ralado numa misturadora e deixe que se forme uma pasta. Finalmente, adicione o leite de côco (preferencialmente fresco) e o nectar de agave. Misture bem.

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Caso queira montar a torre de luz, basta alternar uma panqueca com uma camada de côco.

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Rendeu seis raios de felicidade!

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Mousse de chocolate preto | Dark chocolate mousse

Uff… Um tempo para respirar fundo. Consigo ficar mais desgastada no período de férias do que em tempos de rotina. Pouco tempo tenho tido para me encontrar onde me sinto bem: na minha cozinha. Vida de vai-vem dá resultados semelhantes. Desta vez, tão cedo não terei a minha cozinha, portanto vou tentar pedir o espaço emprestado de alguém para me abrigar no vício.

Tenho já algumas iguarias guardadas em arquivo, vindas de França, que publicarei mais tarde. Por hoje, deixo a mais deliciosa entre elas todas.

 

Mousse de chocolate preto

  • 3 claras em castelo
  • 400 mL de leite de côco
  • 100 g de chocolate preto
  • 2 g de agar-agar
  • 50 g de açúcar

 

Bata as claras em castelo e reserve. Derreta o chocolate e reserve.

Num tacho, leve a ferver o agar-agar dissolvido no leite de côco. Adicione o açúcar. Ferva até levantar fervura e retire. Adicione o chocolate e envolva bem. Deixe arrefecer.

Lentamente, adicione as claras de castelo. Disponha em taças e leve a refrigerar, no mínimo 3 horas.

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Refrescante e delicioso!

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Bolo de chocolate e courgette | Chocolate zucchini cake

Oh! Uma combinação amorosa.

Andava há muito tempo para experimentar esta fusão de sabores e texturas. Tenho a dizer que fiquei achocolatada por esta perícia. Já tinha partilhado a ideia de combinar chocolate e courgette com conhecidos e os grandes apreciadores do chocolate diziam sempre “vais estragar tudo”. Ora, gostava imenso que estivessem cá para enrolarem essas palavras com a língua, após uma dentada de bolo. A combinação é divinal. Tão divinal que tive de o fechar a sete chaves, bem longe da vista de todos.

Bolo de chocolate e courgetteDSCN3782

  • 4 ovos *
  • 1 chávena de açúcar
  • 2 chávenas de farinha de trigo
  • 1 chávena de amido de milho (maizena)
  • 2 chávenas de courgette ralada
  • 200 mL de leite de soja
  • 100 mL de óleo de girassol bio
  • 150 g de chocolate preto
  • 2 colheres de sopa de fermento em pó
  • 1 colher de sopa de chicória (opcional)

 

 

 

* Ovos? Ovos, sim, não galados. Apesar de ser vegetariana, continuo a consumir ovos, moderadamente, mas biológicos, de galinhas alimentadas somente por produtos naturais, criadas ao ar livre, por pessoas de confiança. Ainda não encontrei qualquer argumento contra. É um processo biológico e natural, não sendo a fêmea fertilizada. Como é rico em nutrientes, ainda aproveito o que de bom os animais nos podem dar, sem qualquer tipo de sofrimento e fim reprodutivo. Tive o prazer de encontrar uns feirantes que me confiam (e que eu já confirmei) a veracidade da produção dos ovos. Portanto, vou continuar a usá-los para as minhas invenções.

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Numa taça, junte os ingredientes secos, exceto o açúcar.

Rale a courgette, com casca se preferir (mais vitaminas) e reserve.

Derreta o chocolate e deixe arrefecer.

Separe as claras das gemas. Bata as claras em castelo e reserve. Bata o açúcar com as gemas até formar uma pasta. Adicione o óleo e o leite e mexa devagar. Junte a courgette e o chocolate derretido e misture bem. Por fim, adicione, lentamente, as claras em castelo e farinha. Misture bem até envolver todos os ingredientes.

Aqueça o forno a 200ºC.

Numa forma revestida por papel vegetal, coloque o preparado do bolo e leve a cozer por 45 min a 200ºC. Espete o palito para verificar a cozedura. Não esperei até que o meu saísse totalmente seco, pois acho que o calor restante do forno é suficiente para cozer mais um pouco e, mesmo assim, deixar o bolo um pouco húmido. Se preferir, deixe cozer durante mais tempo.

Retire o bolo do forno quando estiver morno e resista em não provar. Bem, quase impossível. Tresanda um aroma único pelo espaço que desperta a curiosidade.

Resulta um bolo húmido, ligeiramente doce, fofo, fresco e com todos os sabores presentes.

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Oh! Já foi…

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Tartellete de côco | Coconut tartellete

Quem diz que um indíviduo vegan não pode usufruir dos melhores pecados da vida? Gosto de dar a provar a quem pensa que não é possível e de ouvir as habituais questões curiosas: “O que tem isto?”, “Não sei a que sabe, mas sabe bem!”, “Há mais?”.

De certa forma, a adaptação torna-se saudável e fiável a todos os gostos, sendo o objetivo abraçar estas pequenas mudanças.

À procura de um sabor natural e tropical para a sobremesa de um fim-de-semana quente, pensei:

Tartellete de côco

Basetartelletes de côco (9)

    • 1 chávena de côco ralado
    • 4 colheres de sopa de puré de tâmaras
    • 2 colheres de sopa de óleo de girassol

Guarnição

    • 400 mL de leite de côco
    • 200 mL de leite de soja
    • 20 g de amido de milho
    • 3 g de agar-agar
    • 50 g de açúcar fino
    • 8 g de açúcar baunilhado

 

Comece por preparar a base. Na misturadora, coloque o côco ralado, o puré das tâmaras e o óleo de girassol, e processe até os ingredientes se misturarem completamente. Reserve no frigorífico.

Entretanto, prepare o recheio. Numa panela, misture o agar-agar com o amido de milho  e, lentamente, o leite de soja, mexendo bem para evitar a formação de grumos. Leve a mistura a lume brando, mexendo sempre, até formar uma pasta consistente. Retire do calor e adicione os açúcares e o leite de côco. Leve novamente a cozer durante cerca de 10 min, em lume brando, mexendo. Caso haja formação de grumos, rale com a varinha mágica e leve novamente ao lumo até engrossar. Quando atingir essa consistência, está pronto a repousar e arrefecer. Coloque uma película aderente por cima da mistura para evitar a coagulação.

Os passos mais fáceis terminam aqui. Com paciência e respiração controlada, vá retirando bocados do preparado da base e amasse na forma da tartellete, até preenchê-la totalmente, de forma coesa. Por fim, verta o recheio morno ou frio nas tartelletes e leve ao frigorífico durante 2 horas, no mínimo.

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Antes de servir, decore com frutas frescas, côco ralado, coulis de frutos, chocolate ralado… O que a alma assim entender.

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Bom proveito!

Galette de ruibarbo e framboesa | Rhubarb & raspberry galette

Ultimamente, é de admirar a minha preguiça no que toca a cozinhar e a tudo um pouco. Sabor a férias. E calor, muito calor! Tem sido tudo à base de saladas, sopas frias, sandwiches… Brevemente gelados, saudáveis e coloridos, para enfeitar a página e despertar a curiosidade em tentar, pois feito por nós é outra coisa. Decorado à nossa maneira, outra. Tal como esta galette, que sempre quis experimentar. De origem francesa, a sua massa pode variar de forma e espessura, assim como o seu conteúdo: frutas, vegetais, carne, queijo…

 

Dando uso aos frutos frescos do mercado, decidi pintar os dedos de magenta.

 

Galette de ruibarbo e framboesa

Massa

    • 1 1/2 chávena de farinha de trigoDSCN3475
    • 2 colheres de sopa de açúcar
    • 1/2 colher de chá de sal
    • 4 colheres de sopa de água fria
    • 2 colheres de sopa de azeite

 

Guarnição

    • 1 chávena de ruibarbo cortado em pedaços finos
    • 1/2 chávena de framboesas
    • 4 colheres de sopa de açúcar
    • 2 colheres de sopa de farinha de trigo
    • sumo de 1/2 limão
    • canela q.b.
    • açúcar q.b.

 

Comece por preparar a massa. Num recipiente, misture os ingredientes secos. Faça um pequeno buraco no meio da farinha e adicione, lentamente, a água. Envolva com uma espátula ou colher de pau. Por fim, adicione o azeite e misture bem. Leve ao frigorífico no mínimo 30 min.

Enquanto isso, lave o ruibarbo, corte em pedaços de cerca de 0,5 cm. Junte as framboesas, o açúcar, a farinha, o sumo de limão e a canela a gosto. Misture tudo muito bem e deixe repousar até a massa estar pronta.

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Ligue o forno a 180º C.

Retire a massa do frigorífico e estenda numa superfície limpa, seca e polvilhada com farinha, até uma altura de 1/4 cm.

No centro, disponha os frutos, deixando uma margem de 1 cm de massa. No fim, dobre a massa em direção ao centro e pincele com água. Polvilhe os frutos com açúcar a gosto. Leve ao forno a cozer durante 30 min.

Sirva frio.

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O sabor fresco e forte, ligeiramente adocicado dos frutos, dá a esta tarte um toque especial. Um pouco invulgar relativamente às outras tartes, a massa não é fofa mas um pouco crocante.

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Arroz doce de limão | Sweet lemon rice

Estar além fronteira do país de origem traz, muitas vezes, saudades de tudo um pouco.

Tentando esquecer as maravilhosas praias da costa portuguesa, hoje despertou o desejo pelo tradicional arroz doce, com um toque pessoal de limão, que faz toda a diferença.

Arroz doce de limãoarroz doce de limão (4)

  • 1 chávena de arroz especial para sobremesa
  • 1 litro de leite magro
  • 100 g de açúcar
  • 2 colheres de sopa de açúcar baunilhado
  • 2 gemas
  • casca de um limão
  • pau de canela
  • sal

Coza o arroz em água e um pouco de sal. Escorra a água.

Leve a ferver o leite com o açúcar, a casca de limão e o pau de canela. Junte o arroz cozido e deixe apurar cerca de 2 min. Retire do calor e adicione as gemas, previamente batidas, envolvendo rapidamente para que não cozam. Retire a casca de limão.

Coloque no recipiente desejado e polvilhe com canela e raspa de limão, se desejar.

Sirva frio.

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arroz doce de limão (7)

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“Há duas tragédias na vida: uma a de não satisfazermos os nossos desejos, a outra a de os satisfazermos.” – Oscar Wilde

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Clafoutis de pêssego | Peach clafoutis

É o chamamento local.

Por terras francesas, porque não experimentar a gastronomia tradicional? Porque não dar um banho quente aos frutos da época?

Il y a tant de saveurs de quoi rester optimiste!

 

Clafoutis de pêssegoDSCN3239

  • 3 ovos
  • 90 g de açúcar
  • 8 g de açúcar baunilhado
  • 100 g de farinha de trigo
  • 200 ml de leite magro
  • 200 ml de natas 5% m.g.
  • 4 pêssegos
  • licor de pêssego

 

Cortar os pêssegos aos quadrados, cobrir com licor de pêssego e deixar marinar.

Bater os ovos com o açúcar, adicionar o leite, as natas e, por fim, a farinha.

Em ramequins, colocar o pêssego marinado no fundo e cobrir com o preparado.

Levar a cozer no forno a 180ºC durante 30/40 min.

Servir morno ou fresco.

 

É sempre melhor ser optimista até ao fim, não me parece muito útil ser outra coisa. Contudo, um optimista nunca sabe o que lhe espera…

Et voilá!

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Potes de meloa e iogurte | Cantaloupe melon and yogurt little pots

Típica família portuguesa que guarda sempre dois buracos no estômago para uma dose dupla de sobremesa. Não é fácil controlar o valor nutricional e o pecado de tal coisa. Portanto, hoje decidi combinar algo fresco, simples, nutritivo e diferente para matar o bichinho do doce.

Típico dom de fazer compras inteligentes. Meloa, meloa e mais meloa. Mil e uma ideias, mas apenas um resultado em 10 minutos.

Potes de meloa e iogurte page

  • 1 iogurte natural/soja
  • 3 fatias finas de meloa
  • 1 fatia grossa de meloa
  • canela (opcional)

Cortar as fatias finas em pequenos pedaços e distribuir por 3 potes.

Dividir o iogurte na mesma razão em cada pote (cerca de duas/três colheres de chá).

Cortar a fatia grossa em pedaços e triturar com a varinha mágica. Colocar um papel de filtro adequado num recipiente à medida e verter o líquido, pouco a pouco, de modo a obter apenas a polpa da meloa. O sumo do fruto ficará no recipiente, pelo que pode aproveitá-lo.

Para finalizar, colocar a quantidade de uma colher de sopa da polpa de meloa como topping.

Pulverizar com canela, se desejar.

Servir e degustar fresco, fresquinho. O bichinho do doce agradece! Continue reading

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